Quem sou eu

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Sou a garota que sonha. Que luta, que as vezes chora, mas muitas vezes sorri. Que é feliz a sua maneira, que não precisa ser comprendida e nem fútil pra ser admirada. Que sabe o que quer e na maioria das vezes consegue. Sem medo de ser feliz. Não tente me entender pois jamais conseguirá me decifrar!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011



Eu escrevo com a alma e com o coração, escrevo versos
tristes, versos reais. Porque o mundo não é cor-de-rosa e nem vivemos num
castelo.
Eu tento transmitir emoção, com minhas palavras, às vezes
palavras simples, mas que tocam e tentam explicar sentimentos inexplicáveis.
Eu escrevo pra amenizar as minhas dores, meus receios e
conflitos.
Pra traduzir em poesia o meu mais puro sentimento.
Eu pensava com o tempo, tudo que eu escrevia serviria de
aprendizagem pra não cair nas mesmas tentações, não cometer os mesmos erros,
mas percebi que só escrevo bem depois dos meus maiores conflitos internos, das
noites mal dormidas e das lágrimas derramadas.
Eu escrevo como desabafo, mas como não acho suficiente
ser só meu, eu divido com o mundo. Escancaro meus maiores problemas, minhas
ilusões e minha tristeza pra quem quiser ler, ouvir ou sei lá o que.
Os maiores poetas tinham tantos conflitos, que se hoje
escrevo não é pra ajudar ninguém, a não ser eu mesma, a entender minha tão
turbulenta vida e suavizar minhas dores, delírios e desejos... Foi à única
maneira que encontrei pra traduzir tudo o que sinto!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Cemitério dos sentimentos


Morre aqui a menina sonhadora,aquela que fazia planos , que achava que ainda era possível acreditar nas pessoas e no amor

Aquela inocente, ingênua, iludida que suspirava pelos cantos sempre pelos caras errados, os mais complicados e ainda assim achava que podia dar certo.

Aquela que se entregava de corpo e alma pra quem amava.Que achava que fazer alguém feliz é mais válido do que ser realmente feliz!

A garota do sorriso fácil, do olhar dócil e do coração enorme.A que via sempre o lado bom das pessoas e acreditava sempre que tudo dá certo.

Então não dá certo não, porque sua vida foi uma sucessão de fracassos, seguidos de lágrimas e noites mal dormidas.

Ela foi legal e só tomou porrada em troca do seu amor incondicional.

As vezes ela pensava , tudo bem , deu errado mas estou crescendo!

Mas quando parou para analisar, viu que nada tinha sentido.Desejou ser egoísta mas jamais conseguiu.

Não pense que ela não está sofrendo na decisão que tomou.Matar a si mesmo é dolorido , é como enfiar o dedo numa ferida aberta e sangrá-la até não aguentar de tanta dor.

Mas está decidida , não há outra saída a não ser destruir com toda sua força essa garota tão boa que só sofreu por ser assim.

Não há volta, é fato consumado.Agarota está morta, e,por favor,não a enterre, é melhor cremá-la e jogar as cinzas bem longe pra que não tenha a mínima chance dela tentar voltar por aqui , nunca mais, não mais!

/Cristiane Antonelli

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Suicide Girl


Chovia melancolia lá fora e eu sangrava aqui dentro...
O vento frio cortava minha pele como lâminas.
Minhas pernas estavam trêmulas, sem força, eu já sabia que não ia conseguir prosseguir.
Apenas um último e único passo e tudo estaria acabado.
Viver já não era preciso , já não era necessário, não tinha sentido.
O véu da morte delineava com suavidade a pele de minha face
Talvez morrer fosse mais fácil do que seguir com essa vida insignificante, infeliz.
O cálice da solidão jorrava depressão por entre meus dedos...
Meu peito transbordava sentimentos inexplicados , confusos.
Minha respiração se torna lenta e degradante
Sinto vertigem, tudo roda, flashs de um passado sombrio invadem minha mente.
Meu corpo toca o chão com a leveza de uma pluma.
E sinto que saio dele como se flutua-se pela casa.
Indolor e indomável cavalgo pela brisa dos cômodos .
Sinto arrepios pelo corpo como se flechas me penetrassem pela pele.
Surreal e inconstante meus pensamentos me carregam
Lágrimas rolam pela minha face, estou em desespero.
Minhas mãos tremem e não consigo parar
Vou em direção a uma faca afiada que parece clamar por mim
A lâmina brilha linda e meu peito vai de encontro a ela
Quero senti-la dentro...
Senti-la dilacerar minhas vísceras.
Minhas mãos estão cheias de sangue
Meu peito jorra quente e viscoso
Não há mais volta, finco a faca até o fim.
E lentamente me afundo na solidão da morte feliz....
/Cristiane Antonelli





terça-feira, 7 de setembro de 2010

Dez da manhã

Era dez da manhã de um dia nublado , cinza. Eu acabava de
acordar , ainda com os olhos cheios de remela, escondia
a tristeza que trazia no olhar.
Estava tão perdida em mim mesma , que já não podia caminhar.
Era como se fosse preciso cortar a garganta todos os dias pra ver se
sobreveveria , ou como se tivesse que pular de um prédio
de vinte andares só pra ver se machucaria.
Eu ainda sorria e fingia sonhar , mesmo sabendo quer meu maior vício
era chorar , mesmo sem saber porque , mesmo sem sentido.
Eu tinha todos os demônios dentro de mim e todas as dores do mundo dentro
do meu peito, eu sangrava a cada manhã no silêncio da solidão, nas ruínas das
tardes longas e no tédio das noites insuportáveis...
Eu corria sem sair do lugar, com os pés descalços e descabelada , ainda
de camisola como a dias atrás , sim eu perdera a vontade de viver.
Tudo parecia ser tão irreal que me sentia num submundo criado por mim, e
pior nem nesse mundo eu era capaz de ser feliz.
Os dias passavam e a vida seguia lá fora , sim existia um mundo do lado
de fora da minha janela e eu morria de medo de encarra-lo de frente.
Eu era a garota mais estranha , sem amigos , insegura , sem motivos
pra sorrir, eu olhava pros outros e pensava: como pra eles é tão fácil ser feliz?
Enquanto pra mim os dias eram sempre chuvosos e o mundo parecia estar de ponta cabeça.
Eu tentava ser normal , ser igual mas não dava , talvez seja impossível fingir ser feliz
pra quem sempre trouxe dor dentro do peito , lágrimas sobre a face e tristeza no olhar.
Talvez seja irreal e até ideológico buscar dentro de mim a alegria que eu jamais senti
e que nem fingir eu soube , não , não há sentido algum.
Eu travei uma batalha dentro de mim , esmiucei meu coração , o fiz em
pedacinhos tão pequenos que não há como juntar , eu brigo todos os dias
com a tristeza , com a melancolia , eu peço pra que me liberte , mas parece
que não há como , não , porque estão em mim, são minha identidade , mesmo
que eu insista , fazem parte do que sou , do que fui , do que serei .
Vou fechar os olhos e tentar dormir um pouco , o sono traz a paz que jamais
encontrei acordada por toda minha vida...
/Cristiane Antonelli