Eu escrevo com a alma e com o coração, escrevo versos
tristes, versos reais. Porque o mundo não é cor-de-rosa e nem vivemos num
castelo.
Eu tento transmitir emoção, com minhas palavras, às vezes
palavras simples, mas que tocam e tentam explicar sentimentos inexplicáveis.
Eu escrevo pra amenizar as minhas dores, meus receios e
conflitos.
Pra traduzir em poesia o meu mais puro sentimento.
Eu pensava com o tempo, tudo que eu escrevia serviria de
aprendizagem pra não cair nas mesmas tentações, não cometer os mesmos erros,
mas percebi que só escrevo bem depois dos meus maiores conflitos internos, das
noites mal dormidas e das lágrimas derramadas.
Eu escrevo como desabafo, mas como não acho suficiente
ser só meu, eu divido com o mundo. Escancaro meus maiores problemas, minhas
ilusões e minha tristeza pra quem quiser ler, ouvir ou sei lá o que.
Os maiores poetas tinham tantos conflitos, que se hoje
escrevo não é pra ajudar ninguém, a não ser eu mesma, a entender minha tão
turbulenta vida e suavizar minhas dores, delírios e desejos... Foi à única
maneira que encontrei pra traduzir tudo o que sinto!