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Sou a garota que sonha. Que luta, que as vezes chora, mas muitas vezes sorri. Que é feliz a sua maneira, que não precisa ser comprendida e nem fútil pra ser admirada. Que sabe o que quer e na maioria das vezes consegue. Sem medo de ser feliz. Não tente me entender pois jamais conseguirá me decifrar!

terça-feira, 30 de junho de 2009

Teatro Mágico

Seu sorriso era contagiante, feito menina, feito criança em flor. Tudo nela era brilhante. Pura luz e melodia. Suave voz em sintonia. Era bailarina vestida em sonhos. Rodopiando seus belos passos, arrancando suspiros, desafiando emoções. De coração livre, sereno, repleto de pura e única paz. De seus olhos, a mais bela cor. Face de tranqüila doçura. Transparente amor. De seu palco vibrante, um espetáculo mágico. Fantasia. Na platéia, uma única cadeira, seu palhaço triste. De rosto manchado pela tinta, lágrimas percorriam silenciosas. Enquanto ela sorria, ele chorava. Pranto esse, repleto de amor incompreendido, guardado pelo tempo, ausente de espera. Em outra época, dividiram alegrias, contracenaram juntos a sua história. Cenas que prendiam multidões, despertavam novas linhas, em novos contos, em novos livros. Em um determinado ato, ele fizera a infeliz escolha, outro verso resolvera cantar. Deixara a bailarina imersa em completo não entendimento, aguardando solitária um novo abrir de cortinas. De um palco escuro, ela se reerguera sozinha, lamentando o triste fim de seu sucesso, procurando em outra batida, um recomeçar de sua vida. Ensaiara as escondidas, experimentando cada nota perdida, assim como ela. Encontrara em sua própria quietude, as respostas para um novo começo. E do triste fim da sua história, encontrara páginas esquecidas, de velhas letras, de antigas músicas. E de uma delas, refizera toda sua dança, tecendo teias de doçura. De coração amadurecido, recompôs as suas peças. Lapidando-as em perfeição. Era chegada a hora de sua re-estréia. Abriram-se as cortinas, ela fechara os olhos, escutara a melodia, estava em casa, o seu lugar. Começara a dançar, esquecera-se de tudo, para lembrar-se unicamente do que era representar. Quando reabrira os olhos, encontrara os dele, turvos de lágrimas, ela sorrira. Lavando sua alma das mágoas. Deixando que as portas do seu "Teatro Mágico", voltassem a se abrir.

"De repente toda mágica se acabou
e na nossa casinha apertada
tá faltando graça e tá sobrando espaço
...
Nossa casinha pequena parece vazia sem o teu balé."

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